Problemas com herdeiros que não regularizam o imóvel? Entenda o que fazer e como resolver definitivamente - Bonfante e Lemos Advogados Associados - Advogado Cascavel - PR
Categoria: Imobiliário
Categoria: Sucessório
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Problemas com herdeiros que não regularizam o imóvel? Entenda o que fazer e como resolver definitivamente


Quando uma pessoa falece e deixa bens imóveis, é comum que surjam conflitos entre os herdeiros, especialmente quando o imóvel não é regularizado. Situações como falta de inventário, desentendimentos familiares ou abandono do bem podem impedir que a propriedade seja transferida corretamente. Nesse artigo, você vai entender como agir quando herdeiros não regularizam o imóvel, quais são as consequências legais e como resolver a situação com segurança e respaldo jurídico.

Por que é importante regularizar o imóvel herdado

Enquanto o imóvel não é regularizado, ele continua juridicamente em nome da pessoa falecida. Isso significa que nenhum herdeiro pode vender, doar ou transferir o bem. Além disso, podem surgir problemas como:

  • Conflitos entre familiares sobre o uso ou posse do imóvel;
  • Impossibilidade de realizar reformas ou financiamentos;
  • Dívidas de IPTU e condomínio em nome do falecido;
  • Risco de perda da posse em casos de abandono prolongado.

Regularizar o imóvel é essencial para garantir a segurança jurídica da família e evitar prejuízos futuros. Se o processo estiver parado ou travado, é importante buscar orientação de um advogado especializado em Direito Imobiliário e Sucessório para destravar a situação.

O que impede os herdeiros de regularizar o imóvel

Em muitos casos, a falta de regularização ocorre por motivos que podem ser resolvidos com a orientação adequada. Os principais são:

  • Ausência de inventário: sem o processo de inventário judicial ou extrajudicial, não há como formalizar a transferência da propriedade.
  • Desentendimentos entre herdeiros: conflitos familiares sobre a divisão de bens ou o valor do imóvel podem travar o processo.
  • Documentação incompleta: falta de escritura, matrícula atualizada ou certidões pode atrasar o andamento.
  • Custos do processo: muitos herdeiros adiam a regularização por falta de recursos financeiros, sem saber que existem alternativas legais para reduzir despesas.

Com o acompanhamento jurídico, é possível identificar a causa exata do problema e definir o melhor caminho para regularizar o imóvel.

Como resolver a falta de regularização do imóvel herdado

Existem diferentes estratégias legais para resolver a situação, dependendo da fase do processo e do consenso entre os herdeiros. Veja as principais opções:

1. Abertura de inventário judicial ou extrajudicial

O primeiro passo é abrir o inventário do falecido. Se todos os herdeiros forem maiores, capazes e estiverem de acordo, o processo pode ser feito em cartório (inventário extrajudicial), que é mais rápido e econômico. Caso haja conflito ou herdeiros menores, o procedimento deve ocorrer pela via judicial.

Durante o inventário, o advogado orienta sobre a partilha, recolhimento de impostos e regularização da matrícula do imóvel junto ao cartório.

2. Ação de adjudicação de bem

Se apenas um dos herdeiros ocupa o imóvel e os demais não manifestam interesse, é possível ingressar com uma ação de adjudicação, que permite a transferência da propriedade para quem mantém a posse, desde que comprove o pagamento de impostos e manutenção do bem.

3. Usucapião em caso de abandono

Quando o imóvel é abandonado por outros herdeiros e um deles mantém a posse por longo período, pagando impostos e cuidando do bem, pode-se ingressar com ação de usucapião. Esse instrumento reconhece o direito de propriedade a quem exerce a posse contínua e sem oposição.

O artigo 1.238 do Código Civil permite o usucapião extraordinário após 15 anos de posse, ou 10 anos se o imóvel for utilizado para moradia ou atividade produtiva.

4. Acordo entre os herdeiros

Em muitos casos, o impasse é resolvido com um acordo formalizado em cartório, definindo quem ficará com o imóvel e como será feita a compensação financeira entre os herdeiros. Esse acordo deve sempre ser elaborado com o auxílio de um advogado para garantir validade jurídica.

Consequências de deixar o imóvel sem regularizar

Ignorar o problema pode gerar sérias consequências legais e financeiras. Veja algumas delas:

  • Impossibilidade de venda ou financiamento do imóvel;
  • Multas e juros por falta de recolhimento de impostos;
  • Perda de herança em caso de prescrição do direito;
  • Conflitos familiares que podem se estender por anos na justiça.

Regularizar é sempre mais vantajoso do que lidar com um litígio prolongado. Por isso, é importante buscar orientação jurídica o quanto antes.

Documentos necessários para regularizar o imóvel herdado

Para iniciar o processo de regularização, é importante reunir documentos básicos que comprovem a propriedade e a situação do bem. Entre eles:

  • Certidão de óbito do proprietário;
  • Documentos pessoais dos herdeiros;
  • Certidão de matrícula atualizada do imóvel;
  • Comprovantes de pagamento de IPTU e taxas condominiais;
  • Contrato de compra e venda, se houver;
  • Planta ou croqui do imóvel, quando necessário.

Esses documentos serão analisados pelo advogado para definir a estratégia jurídica adequada, seja por inventário, adjudicação ou usucapião.

Quanto tempo demora para resolver

O tempo de regularização varia conforme o tipo de processo e o nível de consenso entre os herdeiros. Em média:

  • Inventário extrajudicial: 30 a 90 dias;
  • Inventário judicial: 6 meses a 2 anos;
  • Usucapião judicial: 1 a 3 anos;
  • Usucapião extrajudicial: 6 a 12 meses.

Com o suporte de um advogado especializado, é possível acelerar o processo e evitar retrabalhos que geram atrasos e custos adicionais.

O papel do advogado nesses casos

O advogado é o profissional habilitado para orientar cada passo do processo de regularização. Ele atua na coleta de documentos, mediação entre herdeiros e condução das medidas legais adequadas. Além disso, somente com advogado é possível realizar inventário ou usucapião extrajudicial.

Portanto, se você enfrenta dificuldades com herdeiros ou imóvel sem regularização, procure ajuda jurídica especializada e resolva o problema com segurança e agilidade.

Perguntas frequentes sobre imóveis não regularizados por herdeiros

O que fazer se um dos herdeiros se recusa a regularizar o imóvel?

Se houver recusa ou desinteresse de um dos herdeiros, é possível recorrer à via judicial para obrigar a partilha ou adjudicação do bem, garantindo a conclusão da regularização.


É possível vender um imóvel que ainda está no nome do falecido?

Não. A venda só é válida após a conclusão do inventário e o registro do imóvel no nome dos herdeiros. Antes disso, qualquer negociação é considerada irregular.


Posso regularizar um imóvel herdado sozinho?

Se os demais herdeiros concordarem, é possível formalizar a transferência por meio de acordo extrajudicial. Caso contrário, será necessária ação judicial com participação de todos.


Quanto custa regularizar um imóvel herdado?

Os custos variam conforme o tipo de procedimento, valor do imóvel e taxas cartorárias. O advogado pode estimar com precisão após analisar a situação específica.


Usucapião serve para imóveis herdados?

Sim. Se um dos herdeiros exerce posse exclusiva e contínua por anos, sem oposição dos demais, pode ingressar com usucapião para regularizar o bem em seu nome.

Conclusão

Quando os herdeiros não regularizam o imóvel, a situação pode gerar conflitos, perda de tempo e prejuízos financeiros. A solução está em agir com orientação profissional, analisando o caso concreto e aplicando o procedimento jurídico adequado. Com o auxílio de um advogado especializado em Direito Imobiliário e Sucessório, é possível resolver o impasse e garantir que o bem seja devidamente registrado e protegido. Se você está enfrentando esse problema, entre em contato e receba uma análise completa do seu caso.

Publicado em: 09/10/2025

Sumario

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Atuamos em diversas áreas do direito, incluindo direito imobiliario, causas cíveis, e direito sucessório, oferecendo suporte jurídico tanto no âmbito consultivo, com pareceres e orientações preventivas, quanto no contencioso, com a representação em processos judiciais e administrativos. 

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